Editoras parceiras

Discurso, Imagens e imaginários

Organizadores: João Benvindo e Maraisa Lopes
Editora: Pedro e João editores
ISBN: 978-65-5869-140-2 [Impresso]
978-65-5869-141-9 [Digital]

Discurso, Imagens e imaginários

Esta obra reúne dezessete capítulos escritos por pesquisadores brasileiros do campo da Análise do Discurso. Valendo-se de corpora diversos, as pesquisas aqui contempladas exploram, em sua maioria, discursos midiáticos, políticos, religiosos e humorísticos. Essa variedade temática permite uma multiplicidade de olhares, além de representar uma amostra significativa da produção científica realizada por grupos de pesquisa vinculados às mais diversas Instituições de Ensino Superior brasileiras, no campo da Análise do Discurso. A obra está dividida em três partes: a primeira é composta pelos dez capítulos iniciais, tendo como base a Teoria Semiolinguística de Análise do Discurso, criada pelo Professor Emérito da Universidade Paris XIII, Patrick Charaudeau. A segunda parte comporta cinco capítulos, voltando-se para a Análise do Discurso Materialista, fundada pelo filósofo francês Michel Pêcheux. A terceira e última parte compreende dois capítulos, fundamentados na Análise do Discurso Crítica, representada, principalmente, pelo linguista britânico Norman Fairclough.

O princípio da cooperação no livro didático

Autora: Maria do Socorro de Andrade Ferreira
Editora: EDUFPI
ISBN: 978-65-5904-039-1

O princípio da cooperação no livro didático

A chamada Virada pragmática trouxe outro viés aos estudos da linguagem em detrimento daquele calcado no estruturalismo em que forma e função eram privilegiados. Logo, novos estudos vão gerar documentos que apontam para um novo olhar, para o trabalho linguístico, seja na sala de aula, seja por meio do livro didático. Este trabalho busca apresentar, por meio de um estudo realizado, um exame de como tem se mostrado no livro didático escolar – doravante LD – os enunciados das questões sob esse novo olhar da língua(gem), tendo por foco o Princípio da Cooperação, uma das teorias que buscar contextualizar a língua e não mostra-la como homogênea. A partir de nossa investigação teórica vimos que o ensino de língua portuguesa no livro didático vêm se distanciando de uma postura que outrora estava mais centrada no código, mas, apesar da existência do debate que confronta a língua em função do que com ela os seus usuários podem realizar, ainda é notória a presença de questões nas atividades do LD, que demonstram o entendimento da língua como instrumento de comunicação não problematizado.

Fluxos discursivos na sociedade em rede

Organizadores: João Benvindo de Moura e Francisco Laerte Juvêncio Magalhães
Editora: Pedro e João editores
ISBN: 978-65-5869-117-4 [impresso]
978-65-5869-118-1 [digital]

Fluxos discursivos na sociedade em rede

Esta obra reúne dezessete trabalhos de pesquisadores brasileiros vinculados a grupos de pesquisa no campo dos estudos do discurso e a programas de pós-graduação diversos nas áreas de Letras e Comunicação. As abordagens aqui presentes são produtos de distintas inquietações e filiações teóricas. Respondem a diferentes preocupações, passando por análises mais detidas nas noções e métodos, até o trabalho com categorias de análise observadas em diferentes vertentes. Neste livro, se, por um lado, as análises convergem para o funcionamento dos discursos midiáticos, por outro, seus recortes e materialidades são variados, assim divididos pelos seguintes eixos: (i) as diferentes manifestações da/sobre a violência simbólica em sociedade; (ii) o (Web)jornalismo; (iii) o funcionamento da argumentação; (iv) a alteridade; (v) o discurso imagético e (vi) os modos de sociabilidade nas redes sociais.

A paratopia no discurso literário

Autora: Érica Patrícia Barros de Assunção
Editora: EDUFPI
ISBN: 978-65-5904-002-5

A paratopia no discurso literário

Durante o estágio criativo, o autor se encontra num processo complexo de escrita que requer um confronto e conciliação entre as duas formas de existências, a do autor e a da obra. O paradoxo existencial do discurso literário apoia-se na indefinição do lugar do autor que se encontra em um ponto indeterminado entre os perímetros da produção literária ficcional e de um território fixo na sociedade. É sobre esse fenômeno, denominado de paratopia pela Análise do Discurso Literário, que esta obra se debruça, buscando analisar como a localização às margens, do autor piauiense Abdias Neves, interfere na sua produção; como se estabelecem essas relações paratópicas em seu discurso literário e como tais relações estão imbricadas na construção dos ethé do autor na obra Um manicaca, cuja primeira edição foi publicada em 1909.

Discursos sobre o autismo na revista superinteressante

Autor: Ismael Paulo Cardoso Alves
Editora: EDUFPI
ISBN: 978-65-86171-57-0

Discursos sobre o autismo na revista superinteressante

Entre os discursos que circulam na sociedade contemporânea estão aqueles que abordam a temática do autismo. O Transtorno do Espectro Autista – TEA afeta, em maior ou menor grau, o desenvolvimento psicomotor de crianças, jovens e adultos no mundo. Em nosso país, estima-se que existam 2 milhões de autistas não diagnosticados. Esse dado se baseia em uma pesquisa norte-americana feita em 2010 e divulgada em 2014 pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Como a mídia brasileira tem tratado a questão do autismo? Quais as estratégias discursivas utilizadas para captar a atenção de pais, educadores e leitores, em geral? Como o autismo e o autista são apresentados à sociedade brasileira? Nesta obra, o autor se debruça sobre matérias publicadas pela revista brasileira Superinteressante, utilizando-se do arcabouço teórico da Análise do Discurso para desvelar o dispositivo de encenação da linguagem e os modos de organização do discurso, identificando e analisando as estratégias adotadas pela revista para utilizar-se dessa temática na busca pela adesão do público-leitor.

Discurso, retórica e mediação de conflitos

Autora: Patrícia Rodrigues Tomaz
Editora: EDUFPI
ISBN: 978-65-86171-58-7

Discurso, retórica e mediação de conflitos

O que é a mediação de conflitos? Qual a sua relação com a linguagem? Esta obra apresenta uma abordagem interdisciplinar, envolvendo a Linguística e o Direito, com foco na mediação de conflitos e na Análise do Discurso. Foram analisados cinco relatos de casos retirados do livro Mediare: um guia prático para mediadores, de Lília Maia de Moraes Sales. Os resultados mostram que a sessão de mediação de conflitos constitui-se como artefato retórico, cuja encenação procura neutralizar os dissensos através da patemização e da mobilização das imagens (ethos) de prudência, virtude e benevolência. Trata-se de uma lógica argumentativa que oscila entre os eixos do possível e do obrigatório, valendo-se do escopo do valor de verdade que propicia os seguintes modos de raciocínio: dedução, explicação, escolha alternativa e concessão restritiva. No tocante às cenas enunciativas, temos um discurso jurídico subvertido como cena englobante, tendo em vista o abandono dos jargões em detrimento de uma seleção lexical adequada ao contexto. A cena genérica pressupõe o próprio relato de sessão de mediação de conflitos enquanto gênero discursivo, caracterizado pela composição linear, pelo uso de marcadores discursivos e pela modalização. A cenografia denota a descrição espaço-temporal, o desvelamento dos sujeitos cujos nomes são fictícios, para preservação do sigilo das partes, e todo o ritual linguageiro de uma encenação jurídica. Concluímos que os estudos da linguagem podem contribuir de forma substancial para o sucesso da mediação de conflitos, diminuindo sobremaneira a judicialização.

O ethos no discurso pastoral do neopentecostalismo brasileiro

Autor: José Maria de Melo Sousa
Editora: EDUFPI
ISBN: 978-65-86171-78-5

O ethos no discurso pastoral do neopentecostalismo brasileiro

A presente obra discute, a partir de uma perspectiva teológico-discursiva, a constituição do sujeito e do ethos no discurso pastoral do neopentecostalismo brasileiro, a partir de dois pronunciamentos do pastor Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), postados no YouTube, em 2019, intitulados: “Direito à prosperidade” e “No altar é tudo por tudo”. A base teórica está fundamentada na Análise do Discurso e na Teologia Cristã, através da Homilética. Observa-se que, em seus discursos, o pastor age como sujeito comunicante, ao engendrar seu projeto de fala, e como enunciador ao produzir uma encenação com vistas à persuasão dos destinatários, em sua maioria, pessoas em situação de marginalização social. Os discursos do pastor projetam um ethos de empreendedorismo, em vez de um ethos profético-evangélico, nos moldes daquilo que prega o cristianismo. Numa perspectiva polifônica, a voz do pastor é também a voz da IURD que, por sua vez, se apresenta como uma forma de neopentecostalismo. As evidências teológico-linguísticas demonstram, no entanto, que se trata de um fenômeno sociocultural que se utiliza de um discurso metaenunciativo com base na teoria da prosperidade. Conclui-se que o ethos discursivo projetado indica um rompimento com os posicionamentos doutrinários que servem de base para a perspectiva evangélico-cristã.

O envelhecer nos discursos de revistas semanais de informação

Autora: Maria Lima de Santana
Editora: EDUFPI
ISBN: 978-65-86171-77-8

O envelhecer nos discursos de revistas semanais de informação

Esta obra procura identificar como as noções de envelhecimento e as imagens de idosos são propostas pelas revistas Veja e Época, mostrando como as abordagens sobre o envelhecer contribuem, num contexto sociocultural, para a construção de identidades na sociedade contemporânea. Partimos da hipótese de que os meios de comunicação, enquanto aparelhos ideológicos, são responsáveis pelos imaginários sociodiscursivos acerca do envelhecimento, ressignificando as formas de dizer. Recorremos aos pressupostos teórico-metodológicos da Análise de Discursos a fim de confirmarmos que a linguagem funciona como uma arena na qual ocorre a produção, circulação e disputa de sentidos, podendo culminar em mudanças de comportamento.

Gênero e argumentação em textos jornalísticos

Autor: Francisco Herbert da Silva
Editora: EDUFPI
ISBN: 978-65-86171-89-1

Gênero e argumentação em textos jornalísticos

Esta obra tem como tema as construções argumentativas em editoriais e em notas de esclarecimento. Ambos são gêneros que apresentam processos argumentativos com o propósito de conquistar a adesão do auditório. O editorial tem o perfil opinativo, momento em que o jornal expõe sua opinião em relação a um acontecimento, enquanto a nota de esclarecimento pode ser considerada como um gênero com perfil informativo e de defesa. A partir desta ótica, investigou-se as construções argumentativas em editoriais e em notas de esclarecimento publicados nos jornais O Globo e Folha de São Paulo referentes à operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal brasileira, em 2017. Tomou-se como base teórica a Linguística Textual e as teorias da argumentação, com ênfase nos tipos de argumento e nas estratégias argumentativas, recursos que contribuem para a persuasão dos interlocutores e para a organização textual.

O ethos byroniano: uma análise semiolinguística

Autora: Marília Mesquita Queiroz
Editora: EDUFPI
ISBN: 978-65-86171-96-9

O ethos byroniano: uma análise semiolinguística

Mais de dois séculos após a sua primeira aparição, as cartas de Lorde Byron continuam sendo objeto de interesse dentro e fora do meio acadêmico. Este livro resulta de uma pesquisa de mestrado (UFPI, 2019) sobre o ethos nas cartas do bardo inglês para Catherine Gordon, sua mãe, escritas entre 1799 e 1806. Com base no quadro teórico-metodológico da Semiolinguística de Patrick Charaudeau, busca-se delinear as imagens do enunciador por meio da análise dos mecanismos de encenação da linguagem e dos modos de organização do discurso nas missivas.
Para o estudo das circunstâncias de discurso e do entorno sócio-histórico e ideológico no qual estão inseridos os sujeitos, são levados em conta estudos atuais e publicações pioneiras, datadas da primeira metade do século XVIII. A leitura permite observar que Byron, enquanto sujeito comunicante, orienta seu discurso, principalmente, a partir de recursos patêmicos, deixando mostrar um ethos que vai se desdobrando de maneira surpreendente ao longo das missivas, com atributos bem característicos de sua forte personalidade e, em alguns aspectos, já indicadores dos traços que o tornariam conhecido como ultrarromântico.